quarta-feira, dezembro 28

pergunta de algibeira

numa greve em que são prejudicados milhões de passageiros e que representa para a empresa milhões de euros de prejuízo, quem deve ser responsabilizado?
Os trabalhadores que estão no exercício do seu direito, por violação de acordos celebrados com a Administração?
Ou os Administradores por não respeitarem os acordos feitos com os trabalhadores?
E porque razão estão sempre os comentadores contra o direito à greve e nunca questionam a empresa sobre a sua responsabilidade na mesma?

uma guerra sem precedentes


os ataques deste Governo ao Estado Social são tantos que gostaria de ver algum blogue, partido politico ou jornal começar a fazer um elenco das coisas que este Governo está a mudar. É que entre as noticias que vai aumentar e os aumentos de facto, perdemos a noção das mudanças. E assim até passam mudanças sem que tenhamos conhecimento.

Quem quer fazer esta lista?

quinta-feira, dezembro 22

alomba


um dos cronista que a direita mais preza dá pelo nome de pedro lomba. E ele procura não defraudar as expectativas
No Público de hoje vem mais uma vez destilar o seu ódio sobre a declaração de pedro nunes dos santos a propósito da dívida portuguesa.
Ao pedro o que importa é que se pague (com o que estou de acordo) de qualquer maneira (com o que não concordo) mesmo que isso implique fome, miséria e desemprego de uma parte significativa da população portuguesa. 
Parte na sua crónica assenta na critica ao facto do pedro ter dito que se "dissermos que não pagamos as pernas dos banqueiros alemães ficam a tremer". E já não lhe importa o facto do outro pedro ter dito que se deixou levar pelo momento, e assim ficamos sem saber o que pensa o pedro socialista de facto sobre a divida.
Mas o lomba não querendo saber disto para nada, acaba assim a sua crónica. "Além da nossa falencia financeira, há uma falencia moral de que estas personagens são exemplo. Foram banidas do poder e devem continuar banidas por muito tempo." 
Fiquei assim cheio de curiosidade para saber o que acha ele do comportamento de personagens como Cavaco Silva no caso BPN, Alberto J. Jardim, Arlindo Cunha, Dias Loureiro, Oliveira e Costa, e Duarte Lima entre muitos outros.
Provavelmente a pena de morte
Já não deve faltar muito para a nomeação de Administrador de uma empresa nomeada pelo Estado.
Acho que mais três cronicas destas chegam

sexta-feira, dezembro 16

promessa pública

Sempre que há mudança de governo, vêm os membros do governo cessante clamar contra as medidas do governo em exercício, mesmo que essas medidas tenham sido apoiados por eles enquanto governo.
O efeito é patético.
Para acabar com isto só vejo uma maneira.
O partido da oposição sempre que critique uma medida do governo tem -sob forma de promessa publica- a obrigação como primeira medida, assim que ganhar as eleições, de revogar as leis com as quais não concordou enquanto oposição.
Então ver-se-ia de facto com o que é que não estão de acordo.

portas que se abrem

no Tribunal Regional de Munique começou o julgamento de dois ex-quadros da Man Ferrostaal acusados de pagarem luvas de  cerca de 62 milhões de euros, a emissários gregos, e também ao ex-cônsul de Portugal em
Munique  para que Lisboa e Atenas lhes decidissem comprar submarinos em concurso.

Por cá nada se passa.

Vamos assistir à condenação de dois quadros que pagaram 62 milhões de euros para venderem submarinos e
venderam, e ninguém vai ser acusado de os ter recebido. Pelo menos em Portugal.
Por aqui confunde-se as duas coisas.

A corrupção resultante do contrato de compra dos submarinos, que é a que me interessa agora aqui tratar, e a resultante do regime das contrapartidas, em que a empresa vencedora do concurso se comprometia a proporcionar uma mais-valia para a economia portuguesa de 1,2 mil milhões de euros. E o que a justiça portuguesa conseguiu apurar foi que  3 alemães ligados ao consórcio vencedor do concurso, e sete portugueses  apresentaram investimentos pré-existentes como se fossem resultado das contrapartidas a que o consórcio ficou obrigado após vencer o concurso. São  assim  acusados de burla qualificada e falsificação de documento.

estratégia era inteligente, comprava-se submarinos (832,9 milhões de euros) em concurso à empresa que apresentava das propostas mais caras com o fundamento que as contrapartidas seriam maiores e depois a empresa vencedora não dava as contrapartidas
Quem terá sido o autor desta estratégia?

pagamos ou não, depende...

Pedro Nunes dos Santos é vice-presidente da bancada parlamentar do PS.
E disse que em relação à nossa divida que temos o direito de não a pagar.
As virgens surgiram logo a criticar tamanha ousadia de um vice presidente da bancada de um partido que é um dos maiores responsáveis não só pela divida como também pela criação de condições que puseram Passos Coelho como primeiro ministro. E que está de acordo com a Troika no que diz respeito aos sacrifícios que nos impõem o seu pagamento
Parecia assim que esta declaração era um arrepio ao caminho que o PS tem percorrido.
Mas não.
Veio agora o dito vice "esclarecer" que "aquelas declarações foram feitas num registo popular e informal, num jantar de militantes e naquele contexto foram as declarações que eu entendi que fazia sentido serem ditas"
Já não bastava aqueles que hoje dizem uma coisa e amanha outra, em razão de mudança de opinião, agora basta que o local seja diferente para se poder dizer o contrario do que se afirmou, mesmo que sejam apenas  horas depois.
Só não sabemos - e agora já não interessa - o que acha de facto o vice sobre o pagamento da divida.

sexta-feira, dezembro 9

espesso

é o jornal expresso nesta quadra natalícia.
Se já é difícil de perceber a quantidade de encartes que o expresso junta ao jornal, nesta altura do ano perde a noção do ridículo.
No passado fim de semana deitei fora sem ler 16 (dezasseis) encartes.
A conversar com amigos, meus fiquei a saber que fizeram o mesmo.
Saberão os anunciantes que este excesso mata os objectivos que querem alcançar,
pagando publicidade que vai directamente para o lixo.
Não haverá um limite para estes excesso?
Não seria razoável que os jornais não pudessem ter mais que 1/3 de publicidade? mesmo considerando os encartes?
O que não deixa de ser curioso é que quanto pior é a qualidade do jornal maior é o número de encartes
E não há no expresso quem retire as devidas conclusões desta evidencia.?
O que nenhum jornal hoje em Portugal quer apostar é na qualidade, na isenção e no rigor das noticias.
No que respeita a encartes já combinei com o empregado do Quiosque onde o compro, só trazer para casa o corpo do Jornal, com evidente satisfação para ele já que são os vendedores que os tem que juntar ao jornal.