terça-feira, agosto 28

mar da manhã


Que eu me detenha aqui.
E que também eu veja
um pouco a natureza.
De um mar da manhã
e de um céu sem nuvens
roxas cores brilhantes
e margem amarela; tudo
belo e grande iluminado.
Que eu me detenha aqui.
E que me engane para ver isto
(vi de verdade isto por um instante quando primeiro me detive);
e não aqui também os meus devaneios,
as minhas recordações,
os modelos da volúpia.

Kavafis

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