quinta-feira, fevereiro 21

na quadratura


No programa de ontem da Quadratura do Circulo assisti a uma conversa curiosa a propósito da passagem do edifício do casino de Lisboa para a propriedade plena da Soc. Estoril Sol, findo o contrato de concessão.

Diz Jorge Coelho que o que se está a assistir é ao descartar das responsabilidades dentro do PSD com Santana a acusar Barroso, e o contrario.
Da questão essencial nada tem a dizer, é amigo de Mário Assis Ferreira, Presidente do Casino e entende que ele não faria nada de ilegal. Nem percebe, que se o Casino comprou e edifício porque razão não teria no fim da concessão direito ao mesmo. É Coelho no seu melhor, fala como se toda a gente fosse estúpida e o que é pior é que ele não tem consciência disso. Ele está convencido do que está a dizer. Sobre a alteração da Lei e do conteúdo da carta que Mário Assis Ferreira escreveu ao Ministro nem uma palavra.
Nem percebe que a exploração de um Casino em Lisboa foi atribuído à Soc. Estoril Sol sem nenhuma espécie de concurso.
Coelho é ao longo de todos estes anos o dirigente socialista mais básico que se conhece, não diz uma coisa inovadora, todas as suas ideias são lugares comuns, discursa sobre o obvio como se estivesse a defender uma tese e no programa terminou a dizer cinicamente que sobre a relevância criminal da forma como foi feita a alteração da lei, não se pronuncia porque isso é da competência das policias e do MP.
Isto é, sobre este problema Coelho diz nada.
Já Lobo Xavier diz que é preciso saber toda a verdade sobre o caso (claro) mas põe as mãos no fogo pela honestidade do seu correligionário Telmo Correia mesmo depois de saber do teor da carta que Mário Assis Ferreira lhe dirigiu.
O que quer dizer que não se passou nada. Para um Assis Ferreira é incapaz de cometer qualquer ilegalidade, para outro Telmo Correia é um homem sério.
No essencial estão sempre de acordo.
Pacheco Pereira, que não é amigo nem de Telmo Correia nem de Assis Ferreira, ali parecia da extrema esquerda.

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