É curioso ver as mais variadas reacções, a propósito da manifestações dos professores.
Personalidades tão próximas como Paulo Portas e Pacheco Pereira, estão de acordo com a manifestação, o que é estranho a avaliar pelo seu passado.
Augusto Santos Silva e Miguel de Sousa Tavares são contra, o que é de admirar, também pelo seu passado.
Parece estranho mas não é, já que no geral todos eles são contra manifestações desde que eles não estejam de acordo com os objectivos dos manifestantes.
Ou melhor, se são partidários do partido que está no poder estão contra, se são dos partidos na oposição são a favor.
O que quer dizer que, são de facto todos, contra o direito a que as pessoas se manifestem.
O direito a manifestar-se é um direito reconhecido universalmente e nem é preciso de invocar a Constituição da Republica para o legitimar. Se concordamos ou não com os motivos são coisas diferentes.
Se os professores acham que aquele diploma não vai de encontro aos seus interesses, claro que se devem manifestar e a adesão em massa quer dizer que uma parte significativa dos professores contesta a política para a educação do governo.
Mas a política da educação do País não diz respeito só aos professores, diz respeito a todos os cidadãos.
E mesmo que eu não esteja completamente de acordo com os motivos, estou absolutamente de acordo com a manifestação.
Cabe agora ao Governo tirar os respectivos ensinamentos, sendo certo que a legitimidade democrática do governo não pode ser posta em causa por cem mil manifestantes.
Nas próximas eleições serão todos os portugueses, e não só os professores, a dizer o que acharam das políticas do Governo PS.
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