domingo, julho 6

couves & alforrecas


A revista Ler trouxe-nos outra vez bons artigos, mas também nos trouxe uma entrevista com Margarida Rebelo Pinto. Não percebo o interesse numa entrevista de uma escritora que foi desmascarada por João Pedro Jeorge em Maio de 2006 num livrinho que guardo, e em que é feita a maior desmontagem de uma fraude, que já li, em relação a um conjunto de livros de uma escritora que vendia muito em Portugal.
Não se tratava de saber que Rebelo Pinto escrevia bem ou mal, mas de mostrar que a autora não só copiava textos seus, de outros livros, mas também de livros que não lhe pertenciam. Não eram as ideias que a mulher copiava, era o texto. Estávamos perante uma fraude e apesar da autora ter tentado através do Tribunal que o livro – Couves & Alforrecas - não fosse publicado, a verdade é que não li em lado nenhum a refutação às criticas que João Pedro lhe fez, apenas indignação. Em boa verdade não podia MRP vir dizer que aquilo que era lido em “Pessoas Como Nós” não vinha também escrito em “Alma de Pássaro” ou no "Sei Lá" já que era facilmente demonstrável.
Foi assim que se ficou a saber que a MRP era um embuste.
Daí que se pergunte que interesse pode ter a reviste Ler numa impostora.
Se dúvidas houvesse em relação ao carácter da entrevistada bastava ler como ela reage à pergunta fatídica: “Ele diz que há parágrafos integrais transpostos de uns livros para outros” e MRP entre ter desligado o gravador que registava a entrevista, ter dado a entrevista por acabada, ter dito uma coisa e o seu contrário, nada faltou.
Não devia estar à espera que tudo fosse publicado na entrevista.
É de facto uma mulher sem nenhum interesse, e não percebo o critério editorial que entrevista e põe uma impostora na Capa de uma revista de livros.
Pois é, não há coincidências.


2 comentários:

Anónimo disse...

Olha, olha... como é que não faltou nada? Faltou, sim senhor.

A próxima entrevista que a Margarida vai dar ao Carlos Vaz Marques (a propósito da saída do seu livro de 2009 "Sei lá onde é que está a alma de pássaro, não há coincidências para um artista de circo")será no Pequeno Auditório do CCB.

O Carlos Vaz Marques estará apenas vestido com roupa interior branca ou preta (segundo os critérios elaborados por MRP na Maxmen) e a MRP estará vestida de cabedal, à dominatrix. O seu alter ego Margaridix terá um chicote na mão e Carlos Vaz Marques será fustigado por cada pergunta mais impertinente.

De forma a perceber que a literatura é uma coisa que está no sangue.

Anónimo disse...

Se calhar o objectivo foi exactamente esse: expôr uma impostora. Não li a entrevista - nem vou ler, não há pachorra - mas se nela relataram todos esses comportamentos extemporâneos, só pode ter sido para expôr a senhora no "melhor" da sua... como dizer isto simpaticamente... dualidade.