segunda-feira, janeiro 28

benfica, que futuro? 1

Não gosto de pessoas com a personalidade de Camacho.
Estão sempre desconfiadas com as perguntas que lhes fazem, mostram sempre grande enfado quando estas não lhes agradam procurando desta forma condicionar novas perguntas. Nunca encaram os jornalistas de frente e nunca procuram ouvir e responder em função da pergunta. As respostas são sempre as mesmas, mesmo que nada tenham a ver com as perguntas.
São normalmente comportamentos de pessoas arrogantes e incompetentes, e podemos encontrar personalidade parecida, para não ir mais longe, em Scolari.
De uma coisa tenho a certeza, do jogo ele não quer nem sabe falar.
E este comportamento tem resultado porque a qualidade média dos nossos jornalistas desportivos é igual à qualidade de Camacho. Por isso nunca lhe fizeram as perguntas que lhe deveriam fazer.
Por exemplo:

Queixa-se com frequência que a qualidade do plantel não é do seu agrado, mas para ganhar ao Belenenses, Braga, Guimarães, Leixões Setúbal e a outras equipas que lutam para não descerem de divisão precisa de ter um plantel melhor?

Diz, sempre que empata ou perde, que as bolas não entraram apesar da equipa ter criado oportunidades. Mas então os níveis de eficácia não se treinam? A finalização não faz parte das disciplinas de treino? E se as vitórias são uma questão de sorte que faz Camacho à frente da equipa? Não poderia ser outra pessoa que ganhasse menos e tivesse mais sorte?

Porque razão o guarda redes Quim pontapeia a bola 20 vezes durante um jogo e destas 18 vão para um adversário.
Já lhe disse que a bola deve ser passada aos defesas ou aos médios para iniciar uma jogada de ataque?
E se já lhe disse que faz ele na equipa?

Nelson, em cada vinte lançamentos que faz da linha lateral 10 vão directamente para adversários.
Já lhe disse que os adversários só marcam golos se tiverem a posse de bola?
E se já lhe disse que faz ele na equipa?

Há pelo menos dez equipas na 1ª liga que jogam melhor futebol que o Benfica apesar de terem orçamentos vinte vezes menores. Será que isto não quer dizer nada.
Quer Camacho quer a imprensa só falam de valores individuais, se Cardoso jogou bem, se Rui Costa aguentou os noventa minutos, se Luisão mantém ou não a forma dos anos anteriores. Enaltece-se a qualidade de se jogar em equipa mas só se fala de individualidades.
Claro que as individualidades só têm importância quando o colectivo não joga futebol.
Então e a equipa. Defende bem? Ataca bem? Os médios conseguem fazer chegar a bola aos avançados? Percebe-se que o Benfica tem um estilo de jogo? E o futebol que o Benfica joga, chama mais gente aos estádios ou afasta-os?
A esta pergunta Camacho responde.
“Não é importante quem marca golos o importante é que se marque.”
Com esta resposta Camacho esconde duas coisas.
A incapacidade de o Benfica apresentar um modelo de jogo de ataque, e o desperdício de gastar uma fortuna com vários jogadores e depois não saber tirar partido das suas características.

Outro aspecto importante prende-se com o facto que com Camacho nenhum jovem vê confirmadas as suas qualidades.Prefere o cinzentismo de Maxi Lopes à criatividade de Di Maria prefere o futebol cacete de Petit ao risco Freddy Adu a ineficácia de Nuno Gomes à fantasia de Mantorras.

Camacho nunca assume riscos e a equipa no campo também não os assume.
Ou melhor, só assume o risco de perder e nunca o de ganhar.
Quando a equipa esta empatada ou a perder, faz sempre as mesmas substituições e mesmo quando os suplentes ajudam a resolver, no jogo seguinte lá estão nos seus lugares, isto é no banco de suplentes.
Que motivação é esta. Que estímulos são estes. É assim que se motivam jogadores?
É corrente dizer-se que o que distingue um bom de um mau treinador é a sua capacidade de potenciar a qualidade dos seus jogadores.Camacho confirma em absoluto esta teoria. Os bons jogadores com Camacho são médios e os médios jogadores são maus. É por isso sendo o plantel do Benfica constituído em média por jogadores médios, formam uma má equipa.
Não há diferença significativa entre este Benfica e o Benfica de Fernando Santos, ambos praticam mau futebol apesar do capital investido este ano.

Só espero é que desta vez, não se contratem os jogadores que Camacho gosta - e nós sabemos que tipo de jogadores ele gosta – e no fim da época vai o Camacho e ficam os jogadores.

Ao Benfica cabe-lhe responder às seguintes perguntas.
Que politicas de contratação quer o clube.?
É aceitável que se gastem milhões de euros em jogadores que não jogam? Que responsabilidades tem o treinador que recomenda a contratação de um jogador e não o põe a jogar?
Quem define o modelo de jogo é o clube ou o treinador?
Se for o clube, como entendo que deve ser, deve ser também o clube a contratar.
É o perfil do treinador Camacho – pouco ambicioso no modelo de jogo,antiquado nos métodos, mau potenciador da qualidade futebolística dos jovens jogadores – o adequado para tornar o Benfica de novo numa grande equipa de futebol?
Não
Da responsabilidade do Presidente falarei num post próprio.

P.S. estava prometido este post há algum tempo, mas só depois de uma vitória – que vai servir para mascarar a realidade – encontrei o estimulo que precisava.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ó joão isso é tão bem observado que nem pareces um benfiquista a escrever.

Anónimo disse...

Tio, há muito que esperava o seu comentário sobre o nosso Benfica e fiquei muito contente por saber que partilhamos da mesma opinião. É realmente essa falta de ambição e carácter que falta no treinador do Benfica que me revolta, não consigo compreender como um clube com a grandeza internacional do Benfica pode ainda ter um treinador que não motive a equipa para grandes exibições e jogos de nível acima da média, sinceramente às vezes parece-me que nem ele próprio parece motivado para treinar o Benfica.
Não sei se esta minha ideia é partilhada pelo tio, mas nos meus olhos é o que vejo, uma equipa totalmente desanimada logo que entra em campo, sem desejo de vencer e jogar bem, e o papel de um treinador também passa por aí, em motivar uma equipa para jogar tanto com o Inter de Milão como com o Beira-Mar, e uma equipa de nome europeu como o Benfica não pode viver de jogos medianos, tem de tentar sempre vencer as competições nacionais em que está inserido, e pelo menos ir aos quartos-de-final da Liga dos Campeões o que este ano foi uma miragem.
Resta-nos agora esperar que o nosso presidente, a quem lhe falta sabedoria futebolística, actue para que esta situação termine para voltarmos a ser o Benfica de sempre.