sexta-feira, dezembro 16

portas que se abrem

no Tribunal Regional de Munique começou o julgamento de dois ex-quadros da Man Ferrostaal acusados de pagarem luvas de  cerca de 62 milhões de euros, a emissários gregos, e também ao ex-cônsul de Portugal em
Munique  para que Lisboa e Atenas lhes decidissem comprar submarinos em concurso.

Por cá nada se passa.

Vamos assistir à condenação de dois quadros que pagaram 62 milhões de euros para venderem submarinos e
venderam, e ninguém vai ser acusado de os ter recebido. Pelo menos em Portugal.
Por aqui confunde-se as duas coisas.

A corrupção resultante do contrato de compra dos submarinos, que é a que me interessa agora aqui tratar, e a resultante do regime das contrapartidas, em que a empresa vencedora do concurso se comprometia a proporcionar uma mais-valia para a economia portuguesa de 1,2 mil milhões de euros. E o que a justiça portuguesa conseguiu apurar foi que  3 alemães ligados ao consórcio vencedor do concurso, e sete portugueses  apresentaram investimentos pré-existentes como se fossem resultado das contrapartidas a que o consórcio ficou obrigado após vencer o concurso. São  assim  acusados de burla qualificada e falsificação de documento.

estratégia era inteligente, comprava-se submarinos (832,9 milhões de euros) em concurso à empresa que apresentava das propostas mais caras com o fundamento que as contrapartidas seriam maiores e depois a empresa vencedora não dava as contrapartidas
Quem terá sido o autor desta estratégia?

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