terça-feira, fevereiro 28

a saúde está pior

A Roche Farmacêutica numa atitude sem procedentes suspendeu o crédito a 23 hospitais públicos que não pagam medicamentos há mais de 500 dias.
O valor da divida é de 135M€ mais 6M€ de Juros de mora.
Antes de suspender o fornecimento a Roche negociou com o Ministério da Saúde que ficou de apresentar um plano para liquidação da dívida, mas não o fez.
Não obstante esta decisão a Rocha fornece os Hospitais desde que sejam pagos a pronto.
Esta decisão do maior fornecedor de medicamentos dos nossos hospitais merece dos nossos governantes palavras de repulsa e desculpas completamente esfarrapadas como procurando desvalorizar o impacto que tem uma medida desta natureza. Resta acrescentar que a Roche comercializa medicamentos que não podem ser substituídos por outras marcas.
O ministério da saúde em vez de pagar, diz que vai encontrar soluções (quais?) e que vai continuar a disponibilizar os medicamentos que se mostrem justificados (como?).
Não deixa de ser curiosa esta posição
O governo tem dois pesos e duas medidas
Aos nossos credores internacionais Banca, Fundos,Governos etc etc. o Governo toma medidas de austeridade como se fosse um desígnio nacional, pagar a monstruosa divida num pequeno prazo, fazendo para isso aumento generalizado nos impostos, reduzindo o valor das pensões, despedindo funcionários públicos retirando subsídios de ferias e de natal, alterando na lei do trabalho para facilitar despedimentos, tudo tem feito para pagar uma divida que cada vez é mais cara.
Dizendo pela boca dos seus Ministros que é uma questão de principio.
Pelos visto já pagar as farmacêuticas não é uma questão de principio havendo hospitais com quase 1.000 dias de atraso.
O governo em vez de pagar e pedir desculpa prefere arranjar dinheiro para por nos amigos do BPN, ou prescindir dos lucros de 2011 nas empresas que privatizou em 2012.
Estranhos critérios estes.
A não que seja uma  imposição da troika a diminuição da população para que se poupe nas despesas da saúde.
Não tenho nenhum tipo de simpatia por estas multinacionais, mas não pode haver dualidade de critérios no pagamento das dividas.
Ah e o "rigor" e a "grande competência técnica"- sustentadas nas missas que mandava realizar quando era o responsavel do PS para os impostos,- do Ministro da Saúde esfumou-se.
Preciso de um Valium.

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