sábado, abril 27

swaps

Não há nada de extraordinário que uma empresa queira assegurar que a taxa de juro paga durante um determinado período de tempo não será alterada, e que faça um contrato com o seu Banco assegurando que não pagarão mais do que o que está estipulado.
Trata-se, parece-me, de uma acertada medida de gestão.
De acordo com alguma imprensa, tratava- se de um contrato de seguro contra a eventual subida da Euribor, que se reflectia imediatamente na taxa de juro.
Nos contratos de seguros tradicionais , pago um prémio, espera-se, em caso de sinistro, ser-se ressarcido do prejuízo.
Nestes contratos a esmagadora maioria das empresas era isso que esperava.
Se houvesse subida da taxa de juro as empresas não teriam que pagar mais pelos empréstimos bancários porque tinham adquirido um swap, e pago por isso.
Foi isto que as empresas contrataram. Basta ouvi-las.
Nada mais enganador, já que o que os Bancos lhes venderam não foi um seguro, foi uma aposta, o que quer dizer se as taxas subissem as empresas não teriam que pagar mas se as taxas descessem aí pagariam.
Ē ou não é extraordinário. As empresas pagariam sempre. Quer as taxas subissem ou descessem.
E os Bancos?
Os bancos ganhariam sempre, quer as taxas subissem ou descessem.
Para além disse sabe-se agora, foram condenados vários Bancos Europeus e Americanos por manipulação da libor o que quer dizer que os bancos ganhariam o dinheiro que quisessem e quando quisessem, bastando para isso, aumentar ou baixar as taxas de juro.
Isto é ganhariam sempre.
Que os bancos façam isto não me surpreende, surpreende-me sim que sejam autorizados a fazê-lo, e que que haja altos quadros das empresas públicas que não tenham percebido este mecanismo, que obriga agora o Estado a pagar cerca de 3mil milhões de € aos Bancos.
Deveriam ou não deveriam ser presos?

Sem comentários: