O Comendador João Justino adquiriu na década de 80 uma parte da quinta do Pombeiro no Parque Natural da Serra de Sintra.
Na altura em que concorreu à presidência da Câmara Municipal de Sintra em 1989, elevou uns muros na propriedade, e aí começou a guerra com o Ministério do Ambiente e o Ippar.
Foi entretanto eleito Presidente da Câmara de Sintra pelo PSD.
Como a quinta tinha sido classificada pelo Ippar tinha que ter a sua autorização para as obras que o Comendador queria fazer.
A Câmara aprovou as obras de construção e de ampliação (pois claro) mas o Ippar recusou.
Apesar de vários embargos, a construção continuou e a área triplicou.
Segundo o que o jornal Público de Julho de 2007 em artigo assinado por José António Cerejo, relata, foi rejeitado o último recurso judicial no Supremo Tribunal Administrativo, do ex-autarca de Sintra, João Justino, e assim o Ministério do Ambiente vai mandar demolir a maior parte da mansão construída ilegalmente".
O acórdão do Pleno do Supremo Tribunal Administrativo, de 4 de Julho negou provimento ao segundo recurso, o ultimo possível com que João Justino pretenderia anular o despacho da Secretaria de Estado do Ordenamento, que mandava em 2002 iniciar o processo de demolição da mansão.
O Ministério mandou mas Justino recorreu e o Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra mandou suspender a eficácia do despacho governamental que determinou a demolição de parte da casa ilegalmente construída.
A decisão fundamenta-se, no essencial, no facto de estar pendente na Câmara de Sintra um projecto em que é pedida a legalização das obras e ainda não decidido, (desde 2002) e na opinião do Tribunal não faz sentido demolir antes da Câmara dizer se autoriza ou não.
O Presidente da Câmara, face ao carácter vinculativo do parecer (negativo) dado pelo Parque Natural Sintra Cascais a este pedido, considerou não haver necessidade de uma decisão camarária.
Resumindo, toda a gente acha que a parte da casa ilegal deve ser demolida.
O Ippar o Parque Natural Sintra Cascais a Câmara, o Governo e os Tribunais.
Mas não é demolida porque o Presidente da Câmara acha que não deve decidir um pedido feito em 2002.
E assim o assunto vai perpetuar-se sem que o Comendador tenha que demolir os mais de 1.000m2 que construiu a mais.
Fica assim a pergunta, porque será que o Fernando Seara não se mexe?
E assim o assunto vai perpetuar-se sem que o Comendador tenha que demolir os mais de 1.000m2 que construiu a mais.
Fica assim a pergunta, porque será que o Fernando Seara não se mexe?
E a resposta foi ele que a deu quando foi convidado para a festa de Natal de 2006 de uma das Empresas do Comendador , disse:
“Fiz questão de estar presente nesta cerimónia em primeiro lugar para saudar V. Ex.ª pelo seu regresso à Galucho”...
“Este ano tem seis milhões de facturação, e daqui por dois anos terá 12 milhões de contos de facturação, porque a sua vontade e a sua fé são indiscutíveis para o desenvolvimento da Galucho. E por isso (dirigindo-se agora aos trabalhadores) queria dizer-vos a todos, vós que fazeis parte desta família da Galucho, que é bom sentir que na liderança da empresa está alguém que, pese embora a sua idade, tem este sentimento: a fábrica foi construída pela família, e em memória da família ele quer continuar a desenvolver a fábrica, quer ter mais trabalhadores, mais produção, mais facturação, mais desenvolvimento para S. João das Lampas e para o concelho de Sintra, e isso obriga-nos a que digamos
Bem-haja Sr. Comendador João Justino”.
Como se vê é tudo uma questão de fé, vontade, e admiração.
O que o Comendador se deve rir com as nossas instituições democráticas!
E o que este País sofre com estes “comendadores e com estes autarcas”
1 comentário:
So agora tomei contacto cm este blogue, ao "googlar" comendador João Justino.
Quantas estorias se contam por aí sobre esta personagem!?
A última, refere-se a uma obra legal, completamente descabida, que ele esta a fazer em S. João das Lampas.
Denunciei o caso, a obra parou por vergonha pública e tornei-me arguido num processo or ter "atentado contra o seu bom nome" ao dizer (e publicar) que "...não sinto orgulho em ser conterrâneo de um intocável fora da lei!"
Sei que está fora do tempo este comentário, mas aqui fica.
Mais sobre este caso em
http://www.outrogalocanta.blogspot.com
Fernando Andrade
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